quinta-feira, 21 de abril de 2011

Monahyr


Memória

A memória é a habilidade de aquisição, formação, conservação e evocação de informações. Define também a persistência de algo aprendido ou apreendido e que pode ser evidenciado a posteriori. A memória e a aprendizagem estão intimamente relacionadas, sendo praticamente impossível fazer uma separação.

Podemos dividir a memória em estágios:

A codificação é o estágio de processamento das informações, subdivide-se em aquisição e consolidação. Aquisição é a entrada e o registro da informação em arquivos sensoriais e a consolidação e a criação de uma representação dessa informação. Em seguida vem o armazenamento, que é a mantenedura desse registro permanente em nossa memória. Por último vem a evocação, que é a utilização de uma informação armazenada.

Vários fatores interferem na modelagem das memórias. O primeiro deles são as emoções, já que, dependendo da situação emocional da pessoa, a memorização pode fluir de maneiras diferentes. Depois vem o nível de consciência e os estados de ânimo, pois, dependendo desses fatores, pode ser mais fácil ou não o armazenamento e a evocação das informações.

A memória é um processo neuronal – é resultante de mudanças das interações sinápticas entre os neurônios nas redes neurais. É possível afirmar que as regiões principais do processamento da memória são o hipocampo, a amígdala e o córtex frontal.

Pode-se classificar a memória em cinco tipos, segundo a função, de acordo com o conteúdo, o tempo de retenção, o tipo de informação e ainda, segundo o nível de consciência.

Segundo a função, temos a memória de trabalho, que é a que gerencia o dia-a-dia. Não produz arquivos. É para uso imediato.


De acordo com o conteúdo, temos a memória declarativa, que registram fatos episódicos ou semânticos. Aqueles dizem respeito àquilo que vivenciamos, enquanto este, registra os conhecimentos gerais que aprendemos. A memória processual é a de habilidades motoras e sensoriais, adquiridas de maneira inconsciente. Os movimentos necessários para se escovar os dentes, por exemplo, não precisam ser evocados para que os realizemos.

De acordo com o tempo de retenção, temos a memória sensorial abrange frações de segundos – de 0,2 a 0,25 milésimos de segundos. A de curto prazo é a de utilização imediata, de 20 a 30 segundos, e a de longo prazo é a de retenção duradoura. Qualquer tipo de informação pode ir para a memória de longo prazo dependendo dos fatores que interferem em sua memorização.

A memorização segue determinados passos que podem ser listados da seguinte forma:
Uma pessoa recebe uma informação, abrindo duas possibilidades, se não está prestando atenção, ela é descartada após frações de segundos, caso contrário, essa informação vai pára a memória de curto prazo. Em seguida, caso a pessoa processe a informação, ela vira uma memória de longo prazo, se não, depois de 18 a 20 segundo, ela se perde.
Quanto ao tipo de informação, temos a memorização verbal, visual ou motora, dependendo da forma como a informação chega à pessoa – através de fala, de uma imagem ou de uma atividade pratica.
Segundo o tipo de consciência temos a memória assertiva ou explicita, e a implícita ou não-assertiva. A primeira é o processo de memorização consciente, em que participamos ativamente da memorização, enquanto a segunda é seu oposto, ou seja, a memorização por processos inconscientes, mesmo que gerem respostas emocionais. Ao resolver uma questão problema relacionada ao cotidiano, é possível que um aluno aprenda uma serie de conceitos sem se dar conta.
O estudo da memória abre caminhos para se compreender o esquecimento: Alguns fatores que interferem no esquecimento são a falta de uso, a interferência de aprendizagens sobrepostas, falhas no armazenamento, influências emocionais, como a repressão ou associação a situações desagradáveis e, por fim, a falha na evocação do que pode ter sido memorizado.



Fatores biológicos também podem influenciar o esquecimento: Fatores como o cansaço, doenças, a falta de estímulos cerebrais e a velhice. Além disso, fatores psicológicos como a desatenção ou o nível de consciência, além de influencias emocionais também podem gerar o esquecimento. A depressão ou o stress, por exemplo.

Questões para reflexão: Como a memória influencia no processo de aprendizagem de seus alunos e, qual o tipo de memória que está mais relacionada ao trabalho docente?

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