A dor de Maria
Naquela praça,
de mãos dadas,
não estava ela,
estava outra,
brincando
com o coração
de Maria.
Ah! amor juvenil,
cheio de esperança
tão cedo fugiu...
Pobre Maria!
O que havia
de mais sublime
desprendeu-se
da alma,
naquele instante
de inusitada visão.
Seu coração
estraçalhado
para sempre,
ficou no chão,
daquela praça...
E a pobre
Maria,
quando pode
volta à praça
para rever
a dor
no exato local,
de exato espanto,
em que seu amor,
despedaçado
tombou,
para sempre.
Só a dor restou.
Pobre Maria,
qual árvore
desfolhada,
procura restos,
de ilusão,
um pedaço qualquer de fantasia,
um pedaço qualquer de fantasia,
pelo chão
daquela praça,
em que a ilusão,
do falso amor,
João,
que era da outra,
tão cedo matou!
Era apenas
o primeiro
o primeiro
amor
que logo morreu,
na juventude em flor.
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