terça-feira, 28 de junho de 2011

Monumento a Carlos Marighella


Foto do Monumento a Carlos Marighella - SP

Estava passeando em São Paulo, sem qualquer roteiro turístico, até que, em um determinado dia busquei conhecer a  ALAMEDA CASA BRANCA, por mera curiosidade juvenil. Ali estava  em busca do local que tombou o grande brasileiro, Carlos Marighella. Um carteiro me prestou uma vaga informação e logo cheguei ao local sem muita dificuldade. 
 Sobre o assassinato de Carlos Marighella Frei Beto escreveu em seu livro Batismo de Sangue o seguinte:
"Os jornais daquela quarta-feira, 5 de novembro de 1969, noticiavam em manchete que Marighella fora morto numa emboscada na Alameda Casa Branca, em São Paulo, sem referências a meu nome. Passei o dia lendo e relendo cada reportagem, tentando adivinhar o que realmente se passara por detrás da prisão dos dominicanos e do assassinato do comandante revolucionário. Como jornalista, eu aprendera que a notícia não pode ser lida literalmente. Enfocada do ponto de vista dos órgãos de segurança, ela encobre a perspectiva dos que são tratados como terroristas, bandidos e traidores. Meu esforço era descobrir nas entrelinhas, por baixo dos adjetivos, como os fatos se deram. " 

O Monumento a Carlos Marighella fica em frente ao edifício Porto Feliz, 815, da Alameda Casa Branca - não sei se existia na época em que se deu o cerco a Marighella. Sobre o passeio fica o  monumento que assinala o local em que Marighella tombou. Na foto abaixo exibimos foto da fachada do prédio.
Vejamos, agora, o prédio "PORTO FELIZ" de outro ângulo:

É vizinho do Edifício Bristol, cuja fachada exibimo na foto abaixo:

O Prédio é contiguo ao de n. 815, em cujo passeio fica o monumento 
dedicado a Marighella


Do lado esquerdo da Alameda fica o EDIFÍCIO CHRISTINE, n. 806, 
Da Alameda Casa Branca. É só clicar e ampliar a foto para notar o 
nome do prédio na fachada (defronte ao monumento e em diagonal
cf. foto acima)

O livro Batismo de Sangue, de Frei Beto, cita o edificio Christine, no seguinte contexto:

"A imprensa fotografou o corpo de Marighella dentro do Volks azul estacionado frente ao número 806 da Alameda Casa Branca, onde na época havia um prédio em construção — o Edifício Christine, sede da Secretaria de Obras e do Meio Ambiente, do Departamento de Águas e Energia e da Diretoria de Eletrificação e Telefonia Rurais." 
Batismo de Sangue de Frei Beto.

ABAIXO foto retratando o trecho em que mataram Carlos Marighella na Alameda Casa Branca se a versão oficial fosse acreditada. Lado esquerdo fica o monumento, lado direito de quem olha a foto fica o Ed. Christine.
           Trecho da Alameda Casa Branca, vista local em que se deu o crime


Sou soteropolitano e tenho minhas limitações quanto a prestar informações mais completas sobre o ambiente em que aconteceu o que bem poderia ter sido uma encenação da morte de Carlos Marighella, contudo, temos que aceitar a versão oficial e, navegando pelo ciberespaço me deparei com o BLOG DA GAROA que oferece um trabalho de pesquisa que me ajuda a ter uma idéia melhor de como era o cenário do crime, na época em que o mesmo ocorreu. Vejamos o que o autor 
do Blog escreveu e também transcreveu do jornal Estado de São Paulo:


 " reportagens da época ajudam a compor o quadro do que se sucedeu na famosa Casa Branca e poderão, eventualmente, servir de documento futuro para a descrição do que foi aquele cenário. No Estadodo dia 5, dia seguinte ao cerco, há um relato sobre a geografia daquela parte do bairro, hoje uma agradável área residencial, mas com alguns prédios comerciais.
 Conta o jornal, em sua página 14, que “partindo da Alameda Lorena, em direção à Paulista, do lado esquerdo, logo na esquina há um prédio em construção. Depois, um sobrado – por sinal desocupado. Em seguida outro prédio em construção e uma casa térrea (em frente da qual estava estacionado o Volkswagen azul onde Marighella foi morto). Ao lado dessa casa, mais um prédio em construção, mais outro em seguida e, finalmente, um prédio habitado, mas recuado da rua. Do lado direito, 5 sobradinhos. Depois, dois prédios em construção. Depois, mais duas casas.”


Temos muito respeito pela memória deste grande brasileiro e buscamos reverenciar sua memória com a afetividade de um simples e humilde conterrâneo, que na flor da juventude tinha em Carlos Marighella, ao lado de Lamarca e Che Guevara, um ícone representativo da coragem revolucionária. Deram suas vidas por um ideal e, todos três, coincidentemente, morreram na estação das flores, a primavera. Eles vivem e se perpetuam, portanto, anos após anos, através do aroma das flores que a beleza primaveril nos proporciona, fazendo-nos revê-los, com vida e vigor, no renascer das flores, que sempre se renovam e multiplicam.
Fotos :  Luis Leal Filho

Um comentário :

  1. Herói não, vagabundo esquerdista que queria uma ditadura a la Cuba... não tem nada de herói, foi morto devidamente, pena que mais comunistas, como este "frei" do inferno Betto não foram juntos.

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