quarta-feira, 23 de maio de 2012

Maria



A dor de Maria

Naquela praça, 
de mãos dadas,
não estava ela,
estava  outra,
brincando
com o coração 
de Maria.

Ah! amor juvenil,
cheio de esperança
tão cedo fugiu...

Pobre Maria!

O que havia 
de mais sublime 
desprendeu-se 
da alma,
naquele instante 
de inusitada visão. 

Seu coração
estraçalhado
para sempre,
ficou no chão, 
daquela praça...

E a pobre
Maria, 
quando pode
volta à praça
para rever
a dor 
no exato local, 
de exato espanto,
em que seu amor,
despedaçado
tombou, 
para sempre.

Só a dor restou.

Pobre Maria,
qual árvore 
desfolhada, 
procura restos, 
de ilusão,
um pedaço qualquer de fantasia,
pelo chão 
daquela praça,
em que a ilusão,
do falso amor, 
João,
que era da outra,
tão cedo matou!

Era apenas 
o primeiro
amor 
que logo morreu,
na juventude em flor.



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