Recordo que em algum post passado escrevi, de passagem, sobre um fato curioso que versava sobre a iniciação sexual dos rapazes, nos interiores dos interiores.
Lembrei do vigia Renato que me contava que durante longo tempo manteve relações sexuais com uma bananeira, por ele chamada de Rosinha. Também lembrei de Sérgio que se dizia arrependido - até o dia em que me contou o caso - de ter transado com uma cadela, provocando danos à mesma. Com menos idade ele não contava conversa em fazer sexo com galinhas.
Outros casos ouvi serem contados em diversas cidades do interior, quase tudo igual. Tinha até gente que ganhava apelido, como Albérico "come jega". Os rapazes que comiam jegas, mulas, cabras, ovelhas e etc.
Também, recordo, uma crônica de João Ubaldo Ribeiro em que ele descrevia o caso de um amigo transando com a bananeira em dia de tempestade. Por gostar tanto de comer bananeiras ganhou a alcunha de "bananeira".
Mas não estranhe, na secura da seca, lá do sertão de dentro, ou de riba, também haviam os que faziam um buraquinho na melancia, ou na abóbora e creu. Agora vejamos, antes de você perguntar ao seu marido, sobre tais casos, o que foi publicado em Pedra Bonita, obra de José Lins do Rego, por estudiosos, de maneira muito elegante:
"É, ainda, o desenrolar de uma educação às avessas: os adultos da família limitam-se a não impedir as vontades do órfão doentio, cujos verdadeiros professores, muito mais que uns mestres bisonhos recrutados ao acaso, serão os moleques endiabrados, as negras sensuais e até os próprios bichos do engenho, seus iniciadores nos mistérios do sexo."
Bem, para que os rapazes do interior não fiquem entristecidos, ainda que não sirva de conforto, aqui na capital também ocorriam casos semelhantes.